domingo, 5 de julho de 2009

O profissional e o mercado de trabalho

Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, o setor de tecnologia tem um grande potencial para a produção de softwares e para a exportação de serviços de consultoria. Mantega afirmou ainda que, além das 800 mil vagas preenchidas por profissionais de TI atualmente, outras 200 mil serão criadas até 2010, com foco em trabalhadores realmente qualificados para suprir esta demanda de exportação – a meta é elevar para US$ 5 bilhões anuais as vendas para o exterior. Ou seja, oportunidades não vão falta para bons profissionais de Tecnologia da Informação (TI). Para os que querem fazer parte deste pacote, ter uma formação completa e voltada para este mercado é, no mínimo, o pontapé inicial.

Tente imaginar sua vida sem internet, sem as facilidades das tecnologias, como celular, caixa eletrônico, e-mail, mp3, videogame ou mesmo uma compra de supermercado sem o leitor de código de barras no caixa. Não há como resistir. A tecnologia é um caminho sem volta. Nos bastidores de todas essas criações e de seu bom funcionamento, estão os profissionais de TI. De um lado, o mercado brasileiro comemora o crescimento do setor, do outro, lamenta a falta de profissionais qualificados.

A área de TI possui números impressionantes quando comparados a outros segmentos:

* 5,6 milhões de computadores vendidos no Brasil, somente no 1º semestre de 2008, segundo a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica;

* O número de pessoas com acesso residencial à Internet no Brasil chegou a 23,7 milhões em julho, 3,5% superior ao apurado em junho de 2008 e 28% maior que os 18,5 milhões registrados em julho de 2007. Os dados são do Ibope/NetRatings;

* No primeiro semestre de 2008, o comércio eletrônico faturou no Brasil R$ 3,8 bilhões, um número 45% superior ao obtido no mesmo período do ano passado. A quantidade de consumidores que compram pela rede também aumentou: está 42% maior se comparado a 2007, totalizando 11,5 milhões de pessoas. Os dados estão na 18º edição do Relatório WebShoppers;

* Os investimentos dos bancos em Tecnologia da Informação (TI) têm aumentado, em média, três vezes mais que o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro. O aumento foi de 16% na comparação dos investimentos de 2006 (R$ 5,3 bilhões) com os de 2007 (R$ 6,2 bilhões). O estudo foi divulgado pela Febraban (Federação Brasileira de Bancos);

* 10 milhões de conexões representam um crescimento de 48% em relação ao primeiro semestre de 2007. O país alcançou em junho de 2008 o número de conexões de banda larga esperado inicialmente só para 2010, segundo o IDC.

Isso significa que este mercado está crescendo e deve crescer ainda mais. Hoje, as empresas e as pessoas estão comprando cada vez mais computadores e isso gera uma demanda enorme para profissionais envolvidos principalmente com capacitação, assistência técnica e suporte. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a taxa de desemprego geral está em 7,6%, sendo que o número de pessoas sem trabalho ou procurando emprego soma 1,8 milhão. Segundo a pesquisa, a renda média real dos trabalhadores é de R$ 1.253,70. No setor de TI, a taxa de desemprego é de apenas 1% entre os pós-graduados e de 2% entre os que fizeram faculdade. Cada vez que uma pessoa completa uma etapa de estudo, sua remuneração aumenta cerca de 30%, sendo que o maior salto se dá com o diploma de um curso superior. Além disto, nos grandes centros, temos neste setor uma média salarial que ultrapassa os R$ 3.000,00 mensais, considerada muito alta em relação à média brasileira. Possuir Formação Superior, saber inglês, ter domínio de linguagens como JAVA, UML e ter conhecimentos de sistemas operacionais, redes de computadores e banco de dados, são requisitos indispensáveis.


(Felipe Feitosa Nogueira)

Um comentário:

  1. Como foi citado acima, o mercado de trabalho na area de TI(Tecnologia da Informação)cresceu bastante nos ultimos anos, e promete crescer muito mais.
    Segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego, a demanda por profissionais de TI chega a ser de 100 mil por ano em todo o Brasil.
    O grande problema é a falta de profissionais qualificados para ocupá-las. Segundo Maurício Brito(presidente do Sindicato das Empresas de Informática, Telecomunicações e Automação do Ceará), essa deficiência é motivada , principalmente, pelo descompasso existente entre instituições de ensino e mercado de trabalho. Para ele, a formação na área ainda é muito voltada para a pesquisa enquanto que o mercado é mais dinâmico e exige uma outra postura do profissional. "A diferença entre o que é visto nas faculdades e o que é cobrado pelas empresas ainda é significativa", afirma Maurício.
    (Antonio Rootedy Batista Costa)

    ResponderExcluir