sexta-feira, 12 de junho de 2009

Posição do Brasil no Bric em relação ao mercado internacional de softwares.

O Brasil subiu da décima posição em 2005, como destino para a terceirização de serviços de tecnologia da informação e de comunicação (TIC), para o quinto lugar em 2007, de acordo com relatório produzido pela consultoria internacional AT Kearney para a Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom).


Segundo o presidente da Brasscom, Antonio Gil, o Brasil tem condições de disputar o segundo lugar no ranking mundial com países como México, Rússia, China e Filipinas, ficando atrás apenas da Índia.

O mercado global de offshore outsourcing, que é a terceirização de serviços de TIC feita fora do país de origem, apresentou faturamento de US$ 1,2 trilhão no ano passado, dos quais US$ 70 bilhões foram serviços exportados. Desse total, o Brasil participou com US$ 1,4 bilhão, o que representou crescimento de 75% em relação ao ano anterior.

"A indústria de TI já apresenta a peculiaridade de crescer de forma mais rápida que os demais segmentos. No Brasil, este crescimento é ainda mais rápido, revelando a importância relativa da indústria para a economia como um todo", explica Roberto Gutierrez, responsável pelo projeto e pela área de consultoria da IDC Brasil.

O Brasil também possui o maior nível de maturidade em relação aos seus investimentos em TI que a China, Índia e Rússia. O índice local de compras em software e serviços é de 56% do total de investimentos. Já nos outros países este percentual não ultrapassa 40%, ou seja, a maioria de seus gastos ainda se concentra na infra-estrutura de hardware. "Este é um ponto crucial do estudo, pois indica que o mercado brasileiro tem mais oportunidades para os fornecedores de TI focarem nas vendas de soluções mais sofisticadas, com maior valor agregado. Além disso, fala-se muito da Índia como um pólo de serviços, mas o total do mercado de serviços de TI no Brasil é quase o dobro do indiano", analisa Gutierrez.

O Brasil também é o campeão no crescimento do consumo doméstico em tecnologia e há dois anos experimenta uma explosão nas vendas de computadores e impressoras, com o varejo sendo o mais importante canal facilitador para a inclusão digital da população. Desde a década de 90, o governo brasileiro já apresenta importantes iniciativas relacionadas ao estímulo ao mercado de TI, mostrando seu comprometimento com o desenvolvimento da indústria e com a inclusão digital da população.

Por fim, outro inegável destaque é o mercado financeiro brasileiro, referência mundial na sofisticação e automação de seus processos de TI, como demonstram as iniciativas de Internet Banking, de implantação de ATMs e do SPB (Sistema de Pagamento Brasileiro), dentre outras ações de destaque global.


(Henrique Almeida Figueiredo)